sexta-feira, 18 de junho de 2010

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Fotografia noturna

Texto retirado da internet.


Fotografar à noite é um desafio mas não é nenhum bicho de 7 cabeças.
As nossas câmeras têm uma vantagem em relação ao olho humano: para compensarem a pouca luz disponível permitem-nos aumentar o tempo de exposição.
Ela é capaz de captar cores invisiveis ao olho humano, uma vez que a sensibilidade da câmera à cor não se altera consoante o nível de exposição.
Isto faz com que as fotografias parecam mais brilhantes e melhores do que a forma como naturalmente vemos o mundo à noite, pelos nossos olhos. Os candeeiros de rua que para nós parecem amarelos e brancos, têm na verdade um espectro de cor muito superior ao que nos está disponível. São estes candeeiros que criam aquelas fantásticas cores que por vezes nos aparecem nas fotos nocturnas citadinas e não sabemos de onde apareceram.

Algumas dicas:

Quando fotografar?
A não ser que queiramos especificamente fotografar as estrelas e os seus rastros, recomendo fotografar quando ainda há alguma cor no céu. Por vezes essa cor dura até uma hora depois do por-do-sol, ainda que a nossa vista nos diga o contrário.
Se fotografarmos cidades em dias nublados, podemos fotografar durante mais tempo. As luzes da cidade reflectem nas nuvens e obtemos por vezes céus com cores espectaculares.
Luz diferente produz cor diferente. Fluorescente, Sodio, Tungstenio, Mercurio e LEDs, todas produzem cores diferentes, ainda que possamos não distinguir umas das outras à noite.
A nossa câmera consegue ir buscar todas essas cores.O resultado final pode ser por vezes surpreendente.

Como fotografar?
Fotografar em modo de prioridade à abertura (Av,A) para controlar a profundidade de campo e obter o máximo de nitidez. Uma vez que devemos sempre utilizar o tripé à noite, podemos utilizar uma abertura um pouco menor do que o que seria de esperar para situação com tão pouca luz, para conseguir superior nitidez de imagem (sharpness).
É o chamado “stop down”, ou seja diminuir a abertura 1 f/stop (ou mais) a partir da abertura máxima.
Mesmo as objectivas mais caras têm mais nitidez quando utilizando aberturas mais pequenas. Uma objectiva barata com abertura mais pequena pode obter resultados mais satisfatórios em nitidez do que uma lente cara no máximo da sua abertura.
Como fazer o tal stop down?
Comecem por colocar a vossa objectiva com a maior abertura possivel (número f mais pequeno). Este número dependerá da sua objectiva. Vamos assumir que a maior abertura possível da sua objectiva é f4. Agora volte atrás um ou dois Stops. Estaremos agora em f5.6 ou f8.
A maior parte das lentes tem uma escala que difere da seguinte forma:
2.8 4 5.6 8 11 16 22
No nosso exemplo, onde f/4 é a nossa maior abertura deveremos reduzir a abertura pelo menos até f/5.6, mas preferencialmente até f/8.
Como regra geral, podemos nos recordar sempre que f/8 é a abertura que nos dá maior nitidez de imagem na maior parte das lentes. Diminuir a abertura ainda mais só será necessário quando nos deparamos com cenários em que precisemos de grande profundidade de campo.
Lembrem-se também que se fizerem fotos em longa exposição com uma abertura muito pequena (o que é normal porque se vamos ter o diafragma aberto muito tempo, não vamos querer que entre demasiada luz no sensor), as luzes de candeeiro ficarão com aquela estrelinha habitual.

Como medir a exposição?
A enorme variedade de niveis de luminosidade presentes à noite, confundem a maior parte das nossas cameras. Os candeeiros e as luzes de rua são pequenas, mas são pequenos pontos de luz no meio de um mar de escuridão. Dependendo da nossa cena, a câmera pode expor correctamente, sub ou sobre-expor.
Dica 1: Comecem com Prioridade à Abertura e deixem a câmera descobrir qual a velocidade ideal para uma exposição supostamente correcta e para a nossa primeira foto. Depois visionem o histograma e compensem. Podem fazer isto alterando a abertura, ou mesmo utilizando a Compensação de Exposição. Aquela escala que têm no visor? Essa mesma. Em modo P ou qualquer dos modos criativos.
Recomendo expor para que, no histograma de brilho, se deixe algum espaço à direita para que não tenhamos zonas sobre-expostas impossíveis de recuperar. Tirem algumas fotos sob diferentes condições de luz e avaliem a exposição no vosso computador (histograma RGB) e aprendam assim como expor correctamente.
Também poderemos fazer bracketing e escolher a melhor, ou gerar uma foto em HDR (high dynamic range).
Não poderia falar de fotografia nocturna, sem falar do ISO.
Como saberão, quanto maior o ISO que definimos para a foto que vamos tirar, menor a quantidade de luz necessária para que ela saia satisfatória em termos de exposição.
Muito util para o caso de quererem fotografar à noite com velocidades mais elevadas. Em Av, a câmera dar-nos á a velocidade mais baixa dentro do aceitável, mas se quisermos maior velocidade para aquela determinada abertura, teremos que subir o ISO aumentando assim a sensibilidade do sensor à luz.
No entanto não se esquecam que essa vantagem vem acompanhada de um “senão”: Maior quantidade de ruido.
Poderão definir “redução automática de ruído” nas vossas maquinas, se tiverem. Ou reduzir esse ruído em programas como Noise Ninja ou outros.
Com que material e como utilizar?
Para longas exposições, colocar a camera num tripé e utilizar um disparador de cabo ou remoto é essencial.
Estudem o manual da vossa câmera para descobrir de a vossa camera suporta bloqueio do espelho (mirror lockup).O espelho que é utilizado para levar a luz ao visor, precisa afastar-se do sensor para fazer a foto. Este movimento faz com que a câmera trema um pouco e poderá fazer com que as fotos saiam desfocadas devido ao movimento (motion blur).
O bloqueio do espelho separa este processo em dois passos. Primeiro, o espelho sobe e só depois se faz a foto. Esperem alguns segundos entre os dois passos para a camera estabilizar.
Utilizem a redução de ruido que possa exidtir na vossa câmera.
As diferentes luzes podem também confundir o balanço de brancos.
Se a sua câmera permite fotografar em RAW, poderá fotografar assim e em casa melhorar ou alterar o balanço de brancos ou a temperatura de cor.
Vasco C.